domingo, 14 de novembro de 2010

Eu viverei. Tu viverás. Ele viverá. Nós... bem nós eu não sei, não respondo nem por mim, na grande parte do dia

            Vivo aterrorizado por monstruosos fantasmas que me esperam no futuro, tenho discutido muito em silêncio com demônios que estão soltos por aí, meu hálito verde musgo, não consegue baforar uma conjugação do verbo viver no futuro do presente, a gramática me engana dizendo existir essa flexibilidade, mas no fundo é ilusão.
Eu viverei. Tu viverás. Ele viverá. Nós... bem nós eu não sei, não respondo nem por mim, na grande parte do dia... do dia de trabalho, do dia de descanso...
Da mesma forma que não se vive no futuro, também não morremos no futuro, morre-se no agora, no agouro, no frio e quando a luz te der tchau. Morre-se a cada suspiro de jubilo, a cada trago, a cada chá de ervas, a cada ligação ligação clandestina, alcalóide com álcool, a massa, eu na massa vermelha e inflamável.







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