segunda-feira, 8 de novembro de 2010

(Ainda bem que essas placas são de espuma de sabão em pó ... será que sou sexy para quem me vê mijando de costas ... ?








Depois de tanta confusão, começa a emaranhar uma imagem de destinos, de
destinatários, para onde vão essas parcas letras... Que teia de vida louca, estranha,
insólita. Não há só um destino, não há só um destinatário, por exemplo: se eu
escrevesse sobre "aquela noite", ou sobre aquela vez no topo do morro, onde
estávamos mudos, ouvindo sentimentos, enxergando o escuro, de olhos e poros bem
abertos, o ar movimentando-se por nossas entranhas, quatro mil e setecentas flechas
ultrapassando o pulmão, e o vento como uma musica que nos rasga ao meio, lenta e
fria como uma brisa islandesa desintegrando uma rocha, um basalto. Imagine uma noite na Islândia, no escuro, no canto do mundo, onde bruxas voam com vassouras,
você sentado, calado e ouvindo o uivo do vento ao acariciar o tempo.

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