quarta-feira, 1 de junho de 2011

às vezes...



Às vezes...mas só ás vezes.

As vezes a mão não acompanha o raciocínio, me perco dentro de mim, e o que é pra sair, não sai, se perde, isso vem de outro lugar, mas pode ser que saia por aqui, mas às vezes a inspiração vem através de uma caneta sem tampa, em uma noite fria que não acaba, que  mostra por um momento pequeno que a capa de uma atlas pode carregar o céu nas costas e sustentar as estrelas  no céu penumbrante e sórdido nos meu olhos.
Oh, meus olhos que não me deixa mentir, pois camufla todo o ser dentro de uma lente invertida, mas que mesmo assim me mostra as cores que não sei se existem... mas a paciência mesmo que num volume baixo na madrugada fria, me ensurdece o silencio... afinal, a vida é rara... É um passo de valsa, um giro encantado que nos vicia. Será que temos tempo? Será que o tempo nos deixar lembrar isso? Será que essas linhas tortas que escrevo olhando o buraco negro que se abre diante disso tudo tem algo de mim? Mas, só as vezes sinto que tudo vale, que tudo existe, que uma viagem de ônibus me leva a mim mesmo, que leva a sentir o que quero, já não sei se isso é verdadeiro, mas as vezes,  só as vezes mesmo, sinto falta da pessoa que me torna, falta do atlas segurando o céu pra que eu não me preocupe com o amanhã que deve nascer assim que fechar meus olhos...

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