terça-feira, 22 de março de 2011

...um silêncio líquido típico de assoalho de rio...







Meus pensamentos estão úmidos, escuros, densidade alta, submerso num rio, escondido por trás as rochas máficas, quase impossível pescar algum, muito escuro, um silêncio líquido típico de assoalho de rio, pensamentos sedimentares, ações metamórficas, meu cérebro danificado, minhas sinapses petrificadas. Um corpo frio, uma garganta que dói, solto a fumação e as borboletas saem escuras, intoxicadas e ainda voam around my head... around my head...

Borboletas! Uma aparição, ela pariu, deu luz à luz, luzia, deu luz a um relâmpago, pariu um fantasma, um flash, uma fotografia, uma fotofobia, ela pariu Descartes, ela é avó de quem? Avó do uivo? Do desespero? Do lobisomem ou de um estômago?
Ela apareceu novamente, pariu um novelo enquanto lia uma novela e assimilava porcarias em paginas datilografadas. Ela sofria, o chato sorria e ria como hienas humoristas (com dentes afiados) avistando galinhas caipiras, percebia que carregava um coração que fora colado com cuspe ou seria tinta de polvo?


Um comentário:

  1. Gostei do blog...
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